ESTÉTICA O QUE É? Qual a relação com a beleza?
ESTÉTICA O QUE É?
Pense e responda...
- Será que o conceito de beleza está imposto pela sociedade nós apenas o reproduzimos ou será que o conceito é intrínseco e depende de cada um?
- Será que a beleza está nas coisas, nos objetos ou será que a ideia criada de beleza por nós é colocada nas coisas e nas matérias ou nas pessoas?
- Será que a beleza é do gosto de cada um e depende do padrão da ideia criada de beleza particular, como se explica por séculos muitas coisas tidas como bela mantiveram esse conceito até hoje desde a Grécia antiga?
- E se esses conceitos são subjetivos, como sobreviveram aos tempos até hoje, por exemplo obras de Leonardo da Vinci (homem Vitruviano por exemplo), a beleza de Marilyn Monroe, os olhos de Sophia Loren e tantos outros conceitos? O que é a beleza? O que faz nós acharmos uma coisa bela e outra não?
- E se a beleza segue padrões sociais e ao longo do tempo vem se transformando, por que ainda insistimos em manter preconceitos antigos subestimando os gostos modernos de cada um, mesmo a história mostrando a mudança de comportamento social da humanidade?
- Será que se a beleza é uma questão racional, será que pela razão consegue-se encontrar padrões de beleza que se repetem em toda a história?
Falamos em estética e logo lembramos algo ligado a beleza ou tratamento de beleza
De origem grega aisthésis, a palavra estética significa sensibilidade, percepção pelos sentidos, está ligada a área da Filosofia que trata os padrões e parâmetros de beleza e da arte, como estes agem na vida do ser humano, como afeta os sentidos ou aquilo que a gente pode perceber e não necessariamente aquilo que é belo ou necessariamente aquilo que é arte.
Nos dias de hoje, a estética passou a ser entendida, como uma forma de conhecer pela sensibilidade, pelos sentidos.
As imagens, as pessoas, os padrões de roupas e costumes, as ideias de tudo isso que acompanhamos no nosso cotidiano e nos envolve, de certa maneira, mexendo com o nosso sensorial, nos leva a uma experiência estética. Só que muitas vezes estamos abertos para tudo isso e outras vezes não. Daí a estética ajuda a compreendermos melhor toda esta experiência sensorial entendendo que não necessariamente a estética tem a ver com a arte e não necessariamente tem a ver com beleza em si, mas na compreensão e reflexão daquilo que pode ser experenciado através dos cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato).
Quando a estética é discutida no contexto da arte, ela traz a percepção das formas, das esculturas, criação de obras de arte, das cores, do movimento, da visualização dentro da história da arte, e o que suas relações sociais, éticas e políticas ao longo do tempo transformam as ideias das pessoas. Então o que é o belo ou realmente o que é bonito?
Se adentrarmos na filosofia clássica de Platão e Aristóteles, lá para trás, desde o início dos tempos, a ideia de beleza estava ligada ao que nos conduz ao suprassensível, à produção, à utilidade; ao mundo das ideias, da essência e do belo em si; a beleza era entendida pelos gregos em sua objetividade, enquanto Aristóteles acreditava que a beleza estava ligada a criação, a mimese, o bom e o belo nem sempre tem relação direta, esses conceitos se arrastaram durante toda a idade média e estendendo-se em sua relação com a religião e as manifestações divinas. E desta forma, para que a beleza fosse utilizada como instrumento de fé, a beleza em si mesmo, passou a ser relacionada ao pecado! Vários outros filósofos surgiram descrevendo os conceitos do belo e da beleza.
Com o fim da idade média, passando pelo renascimento, já busca-se separar da visão religiosa o conceito de beleza.
Interessante perceber que a ideia de beleza e de sua objetividade passou estar ligado com aquilo que se aproximasse da reprodução mais fiel da realidade, proporções, formas e harmonia das representações da natureza.
Essas características tornam-se expressões matematicamente presente nas obras de arte, pinturas, esculturas, danças, música, teatro, poesia, fotografia, cinema, design, escultura, arquitetura, etc.
Por fim, a estética nos dias de hoje, desde a sua relação do belo entre os gregos, sua definição como reprodução da beleza pela arte e conhecimento (Baumgarten) até os dias de hoje, vem se transformando e buscando compreender os principais fatores que levam os indivíduos a possuírem um “pensamento estético”.
Na minha opinião, seguindo os padrões estéticos sentidos ou percebidos pelos cinco sentidos, desde muito tempo, a humanidade vem aceitando padrões de beleza mais próximos do que é real ou mais natural, ou seja, o equilíbrio estético sentido por nossas percepções sensoriais, ainda ditam as regras em cada sociedade própria, territorial, mesmo num contexto de globalização!
Assim, impomos os conceitos de feio ou ridículo, a aquilo que foge do natural ou real, pois o que sentimos diante dessas imagens "bizarras" é a desarmonização dos nossos sentidos, a quebra do equilíbrio, a desconstrução da imagem do ideal perfeito.....e será que dessa forma estamos evoluindo? ou será que estamos nos impondo um mundo cheio de preconceitos e regras?
Não tenho respostas pra tantas perguntas que faço pra mim mesma! Mas, acredito que a humanidade, de uma forma geral, ainda engatinha no quesito conceito do que é belo!
By Mara Vidotto
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Não se assustem mas isso existe! cada um que se ache belo do seu jeito!!!!
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